CARCASS

Surgido em 1985 na cidade de Liverpool, terra que revelou os Beatles, o Carcass também pode ser apontado como pioneiro. Não do rock’n’roll, claro, mas de subgêneros mais extremos do metal, como goregrind, deathgrind, grindcore e, posteriormente, death metal melódico. A banda passou por mudanças de formação, mas os fundadores Bill Steer e Jeff Walker se mantiveram firmes até a separação, ocorrida em 1996, quando o Carcass já havia mudado o cenário da música extrema.

Após duas demo-tapes, Bill Steer (guitarra e vocal), Jeff Walker (baixo e vocal) e Ken Owen (bateria e vocal) lançaram “Reek of Putrefaction” (1988), álbum que trouxe 22 faixas e pouco menos de 40 minutos. Censurada, a capa chocava por conter elementos repugnantes – daí, os subgêneros grindcore e goregrind. Depois, deixando um pouco a anti-música e mais focado no death metal, veio “Symphonies of Sickness”, que destacou “Exhume to Consume”, um dos clássicos da banda que, durante a turnê, adicionou o guitarrista sueco Michael Amott (Arch Enemy, Spiritual Beggars, ex-Carnage) à sua formação.

Mais maduro e bem estruturado, o Carcass voltou a surpreender com “Necroticism – Descanting The Insalubrious” (1991), trazendo um death metal técnico com agressividade, peso e mais melodia. Era um prenúncio do que viria em “Heartwork” (1993), considerado um marco no death metal melódico. “Swansong” (1996) pôs fim à primeira fase da banda, que retornou à ativa em 2007.

Até então, a volta rendeu os álbuns “Surgical Steel” (2013) e “Torn Arteries” (2021). A formação atual ao vivo, com Bill Steer, Jeff Walker, James ‘Nip’ Blackford (guitarra) e Daniel Wilding (bateria), vem se apresentando com destaque em grandes festivais pela Europa. No Brasil, onde tocou pela primeira vez em 2008, não será diferente na edição de 2024 do Summer Breeze Open Air Brasil.

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