DEATH ANGEL

Contando atualmente com Mark Osegueda (vocal), Rob Cavestany (guitarra) da formação original, ao lado de Ted Aguilar (guitarra), Damien Sisson (baixo) e Will Carroll (bateria), o grupo americano de thrash metal Death Angel surgiu na Bay Area de São Francisco no começo dos anos 80. Na época, Osegueda, Cavestany e Gus Pepa (guitarras), Dennis Pepa (baixo) e Andy Galeon (bateria) ficaram conhecidos como os prodígios da Bay Area. Rapidamente conquistaram o respeito de seus pares mais velhos e, mesmo com a pouca idade, conseguiram mostrar sua força na efervescente cena do thrash.

“Havia competição entre as bandas, mas a amizade vinha em primeiro plano. Na verdade, era essa competição que fazia com que as bandas evoluíssem, porque no fundo cada um queria fazer melhor que o outro. Essa era a nossa meta inicial na cena da Bay Area. Todo mundo forçava o outro a melhorar e, ao mesmo tempo, éramos todos amigos que se apoiavam, pois tínhamos as mesmas metas e objetivos para atingir”, declarou Rob Cavestany certa vez à revista Roadie Crew.

Após o lançamento da demo “Kill As One” (1986), produzida por Kirk Hammett (Metallica, ex-Exodus), foram contratados pela gravadora Enigma, que lançou o álbum de estreia, “The Ultra-Violence”, em 1987. “Kirk nos inspirou muito quando fomos gravar a demo. Admirávamos o trabalho dele no Metallica e ele nos ensinou muito em estúdio. Aquilo foi importante e um dos fatores que nos levou a sermos contratados por uma gravadora”, recordou Cavestany.

O grupo foi se desenvolvendo, saiu para sua primeira turnê tocando com Exodus, Sacrifice, Voivod e Destruction, e obteve bons resultados com “Frolic Through The Park” (1988). Os jovens, todos parentes e de origem filipina, trabalharam bem em faixas como “Why You Do This”, “3rd Floor” e “Road Mutants”, adicionando novos elementos e mais groove em “Confused”, “Open Up” e no hit “Bored”, além do cover de “Cold Gin” (Kiss). “Cheguei a ver o Kiss original tocando em 1979 e tinha apenas 11 anos de idade. Depois daquele show nossa meta era formar uma banda. Nem sabíamos tocar, mas a ideia veio dali”, revelou Cavestany.

Após a primeira turnê mundial, onde tocou com nomes como Motörhead, Overkill, Testament, Flotsam & Jetsam, Sacred Reich, Vio-Lence, Forbidden, Rigor Mortis e Death, a banda conseguiu fechar com a major Geffen Records, que lançou em 1990 o cultuado “Act III”, produzido por Max Norman (Ozzy Osbourne, Megadeth). Mais inovações e novidades, como a pegada mais funky e groove de “Discontinued”, “Stagnant” ou na pegada acústica de “Veil of Deception” e a balada “A Room With A View”.

Apesar do ótimo desempenho musical e da grande receptividade do álbum, a banda passava por problemas com a gravadora e com o ‘managment’. A situação ficou insustentável após um acidente com o ‘tour bus’, ocorrido no Arizona, que acabou fazendo com que Andy Galeon ficasse inapto a tocar bateria por um longo período. A inesperada tragédia, somada aos problemas judiciais existentes, fizeram com que Mark Osegueda fosse o primeiro a sair, mudando-se para Nova York. Tempos depois, anunciaram oficialmente o encerramento das atividades. A gravadora Enigma ainda teve tempo de colocar no mercado o álbum ao vivo “Fall From Grace”.

Os integrantes remanescentes aguardaram a recuperação total de Andy e formaram o The Organization, que lançou dois álbuns e encerrou as atividades em 1995. Após uma série de projetos distintos, Cavestany, Osegueda e Galeon e o baixista Michael Isaiah formaram o Swarm. Entretanto, após um show beneficente a Chuck Billy (Testament), que lutava contra o câncer, o retorno do Death Angel era questão de tempo. As constantes ofertas para shows, incluindo a Europa, foram animando os músicos. Assim, o grupo retomou sua carreira com êxito em 2001. Desde então, lançaram os álbuns “The Art of Dying” (2004), “Killing Season” (2008), “Relentless Retribution” (2010), “The Dream Calls for Blood” (2013), “The Evil Divide” (2016) e “Humanicide” (2019).

 

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