Fazendo a sua estreia no Brasil no palco do Summer Breeze Open Air Brasil está o The Night Flight Orchestra, criado em 2007 por Björn “Speed” Strid (vocal, Soilwork) e o saudoso David Andersson (guitarra, Soilwork, Mean Streak) enquanto estavam em turnê nos EUA com o Soilwork. O projeto saiu do papel com a chegada de Sharlee D’Angelo (baixo, Arch Enemy, Spiritual Beggars, ex-Mercyful Fate), Richard Larsson (teclado, Von Benzo) e Jonas Källsbäck (bateria, Mean Streak). “Tudo começou porque somos bons amigos e temos gostos musicais parecidos. Somos uma unidade que funciona de modo contagiante”, avaliou o vocalista.

O objetivo dos músicos era resgatar a sensação de melodia clássica dos anos 70 e início dos anos 80, trazendo para os dias de hoje o melhor do classic rock, elementos de AOR e pitadas de funk, soul e disco music. Vindo de quem sempre esteve atrelado ao metal, parecia improvável que pudesse vingar. Porém, como grande celeiro e de surpresas, a Suécia ganhou mais um filho ilustre, que estreou com “Internal Affairs” em 2012. “Sinto-me 50% metalhead e 50% rocker com um pouco de pop. Sempre fui assim, na verdade, e agora é como se eu tivesse o melhor dos dois mundos, tipo Yin e Yang. E difícil canalizar todas as influências, mas sei exatamente como fazer. Hoje me encontro numa situação perfeita”, declarou Björn “Speed” Strid em entrevista à revista Roadie Crew.

A primeira apresentação ao vivo ocorreu em 1º de agosto de 2013 em Lidköping (SUE). Dois anos depois, veio “Skyline Whispers”, que marcou a entrada de Sebastian Forslund (Kadawatha) como percussionista e guitarrista. Já com o status elevado, a banda assinou com a Nuclear Blast Records em 2016 e lançou o terceiro álbum, “Amber Galactic”, em maio de 2017. Nesta fase, o grupo realizou a primeira turnê europeia como atração principal.

A reputação só aumentou com os álbuns “Sometimes the World Ain’t Enough” (2018), “Aeromantic” (2020) e “Aeromantic II” (2021). “A banda não é sobre nostalgia, mas sobre produzir uma arte perdida. Estamos numa missão de trazer de volta algo que está faltando. Antes de qualquer coisa, fazemos para nós mesmos, pois é a trilha sonora que gostaríamos de escutar por aí”, exaltou o vocalista, hoje acompanhado por Sebastian Forslund (guitarra, congas e percussão), Sharlee D’Angelo (baixo), Jonas Källsbäck (bateria), John Lönnmyr (teclado) e Åsa Lundman e Anna Brygård (vocais de apoio).