TYGERS OF PAN TANG

Criado em 1978 na cidade de Whitley Bay, localizada na costa do Mar do Norte em Tyne and Wear, na Inglaterra, o Tygers Of Pan Tang, um dos pioneiros da New Wave Of British Heavy Metal, ao lado de Saxon, Def Leppard, Iron Maiden, Angel Witch e outros, vem lançando discos com frequência. E muitos dos recentes tão aclamados quanto os do passado glorioso do debut “Wild Cat” (1980), “Spellbound” (1981) e “Crazy Nights” (1982). Com “Animal Instinct” (2008), “Ambush” (2012), “Tygers of Pan Tang” (2016), “Ritual” (2019) e “Bloodlines” (2023), os tigres continuam rugindo e mantendo vivo o legado da NWOBHM, preservando a autenticidade do hard’n’heavy encorpado que tornou a banda uma lenda do gênero.

 

Ao longo dos anos, a formação passou por diversas mudanças. Porém, o guitarrista Robb Weir, único membro original atualmente, tem feito escolhas acertadas ao reunir um talentoso time ao seu lado, que hoje traz Jacopo “Jack” Meille (vocal), Francesco Marras (guitarra), Huw Holding (baixo) e Craig Ellis (bateria). Claro, não há como deixar de mencionar os talentos do passado, como os vocalistas Jess Cox e Jonathan Deverill; o guitarrista John Sykes, que ficou mundialmente famoso depois com Thin Lizzy, Whitesnake e Blue Murder; além de produtores de renome como Peter Collins, Phil Harding e o saudoso Chris Tsangarides.

 

Apesar de enfrentar críticas por parte de alguns fãs, a troca do vocalista Jess Cox por Jonathan Deverill após o debut, “Wild Cat”, provou ser uma mudança positiva para o Tygers em “Spellbound”, que é considerado seu trabalho mais icônico e reverenciado. Na fase da New Wave Of British Heavy Metal, algumas bandas tinham uma inclinação mais voltada para o rock’n’roll e para o hard rock, enquanto outras iam para algo mais pesado e rápido. No entanto, o Tygers se destacava pela abordagem refinada, equilibrando melodia e agressividade.

 

Se o debut alcançou a 18ª posição nas paradas e trouxe “Euthanasia”, “Suzie Smiled” e “Don’t Touch Me There” entre os destaques, seu sucessor destacou “Gangland”, “Hellbound”, “Mirror”, “Silver and Gold” e “Tyger Bay”, além de apresentar uma profusão de riffs sofisticados e impactantes. “Ele é um dos grandes criadores de riffs de todos os tempos, e posso afirmar que aprendi muito com ele”, declarou o guitarrista Robb Weir à revista Roadie Crew em relação à parceria com o então novato John Sykes.

 

“Crazy Nights” (1981) iniciou a abordagem hard rock no som da banda, mas foi em “The Cage” (1982) que o estilo dominou o repertório. No entanto, o grupo se saiu bem na esfera mais acessível, vendendo 200 mil cópias e agradando com “Paris by Air”, “Lonely at the Top”, além do instigante cover de “Love Potion No.9”, do The Clovers, e o de “Rendezvous”, do RPM – não o brasileiro, mas de uma banda americana de hard/AOR. Mantendo-se ainda mais próximos do hard vieram “The Wreck-Age” (1985) e “Burning in the Shade” (1987), o último da fase inicial.

 

Após o retorno mais tímido e desencontrado em “Mystical” (2001) e “Noises from the Cathouse” (2004), o Tygers ressurgiu em grande estilo a partir de “Animal Instinct”. “Entre 2004 e 2007, a banda teve poucas atividades e nesse meio você é esquecido rapidamente. Assim, encaramos tudo como um recomeço”, afirmou Robb Weir, na época acompanhado por Jacopo Meille (vocal), Dean “Deano” Robertson (guitarra), Brian West (baixo) e Craig Ellis (bateria). “Gosto de pensar que grande parte de ‘Animal Instinct’ poderia estar em qualquer um dos três primeiros álbuns do Tygers que, para mim, são clássicos”, concluiu o guitarrista.

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